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12 janeiro 2015

Entenda Sobre as `Pedras

ÁGATA

Esta pedra fortalece o coração, da coragem e é um antídoto contra venenos: Diz-se que uma ágata abaixa as febres e tem até mesmo a propriedade das águas refrescantes. Aguça uma visão, ilumina a mente, concede eloquência, auxilia na descoberta de tesouros e atrai Heranças.



ÁGATA MUSGOSA
Aumenta uma vitalidade. Amuletos de ágata são úteis contra picadas de cobra, paralisia e enfermidades mentais. Esta pedra também fortalece o poder do sol em seu usuário, aperfeiçoa seu ego e sua auto estima -, assim como o desejo sexual.



ÁGUA MARINHA
É a pedra dos videntes e dos místicos de alma pura que sentem tudo, da clareza de visão mental e da onisciência. E os olhos para boa. Recomenda-se seu uso perto do coração para assim influenciar o plexo solar. Quem Possui um torna-se jovem e corajoso, com um coração verdadeiro e quente, ama família e amigos, participa de um casamento feliz. Auxilia contra dores nervosas, Perturbações glandulares, problemas com os pescoços, o queixo ea garganta, contra dores de dente, tosse e estômago. Protege os marinheiros.

Alexandrita
Variedade verde-escuro crisoberilo à luz natural, e vermelha na luz artificial. Seu nome vem do Czar Alexandre II. Permite descobrir a mentira eo engano em pessoas próximas. Protege o sistema nervoso e alivia vários tipos de câncer.



Amazonita
Exerce poderosa influência no jogo facilitando a Obtenção de sucesso. Ajuda a aperfeiçoar uma expressão corporal. Alivia e acalma o cérebro e o sistema nervoso. Fortalece o coração e o corpo físico. Auxilia parto não. Acentua masculina qualidade. Bom para quem está envolvido na atividade artístico.


ÂMBAR
É a seiva fóssil de um pinheiro que existiu há milhões de anos. Capturados dentro desta resina encontram-se com freqüência pequenos insetos, flores e sementes de oriente pré-histórico. O âmbar detem o poder de afastar doenças do corpo. É benéfico colocar a pedra numa parte do corpo com desequilíbrio ou com dor. Ela absorverá uma energia negativa e ajudará o corpo Receber um-se. Também é indicado para pessoas com tendência suicidas ou autodestrutivas.

PEDRA DA LUA
Absorve energia da Lua, uma mente acalma e está relacionada com as emoções humanas. Utilizada contra stress e depressões. Serve para nos Proteger contra tendências autodestrutivas. Ajuda aos homens a atrair o elemento feminino, assim como outorga um imenso poder de sedução.



PIRITA
Útil não aplicada tratamento de problema respiratório, na garganta. Ajuda na bronquite e alergias. Pela sua semelhança ao ouro, é Considerada uma pedra que atrai riqueza e dinheiro, assim como bons Facilita Negócios realizar.


QUARTZO AZUL
Auxilia o desenvolvimento da paciência, tolerância e compaixão. É calmante, antiinflamatório e regula os hormônios. Útil contra o desconforto no período menstrual. Favorece as relações ea expressão, Estimulando o comportamento casual e espontâneo.

QUARTZO ROSA
O rosa é suave e calmante desta pedra, serve para curar mágoas acumuladas pelo coração. Ela dissolve a carga acumulada que reprimem um Capacidade de amor Dar e Receber. Emana uma energia que substitui as tristezas, temores e ressentimentos, e revolve os problemas emocionais.



QUARTZO VERDE
Fortalece uma saúde em geral, tonifica e estimula uma circulação sangüínea e restabelece uma energia do corpo. Da sorte no amor e no jogo.



Rodocrosita
Alivia e acalma o coração. Tem forte influência No processo criativo e da mente intuitiva e ajuda na depressão. Cria sentimento de paz, e calor humano.



RUBI
Auxilio na concentração e dá força mental. Fortalece o coração. Deveria ser usado com prata na mão esquerda. Trabalha com o sangue e uma circulação.



SAFIRA
Contra as influências negativas. Alivia contra reumatismo, ciática, dores nevrálgicas, epilepsia e histeria. Estimula uma oração e uma meditação profunda.

Sodalita
Fortalece uma comunicação e expressão criativa. Ajuda a ser mais objetiva e menos críticos sobre os modos de lidar com uma Existência. Ensina como examinar um metas depois que elas Atingidas FOREM. Estimula uma coragem e uma persistência.



TOPÁZIO
Promove a paixão e alivia o medo. Dá força e inteligência. Magnetiza ser nosso. Estimula uma clareza mental. Seu brilho diáfano nos favorece alegria de viver e de enfrentar a vida com otimismo fé no Futuro. Carrega-la sem bolso e toca-la em período de dúvida e incerteza pára ajudar na tomada de Decisões corretas.

Energização
Cristais ou Ao comprar Receber, deve-se limpa-los, a fim de retirar QUAISQUER vibrações negativas porventura acumuladas em sua trajetória. Você PODERÁ sentir Necessidade de limpa-los de tempo em tempos. Use uma sensibilidade sua, ou os limpe sempre após alguma utilização. A limpeza também reajusta sua vibração, para que se tornem Receptivos ao novo lar e proprietário. Deixe os cristais num recipiente de vidro branco, transparente, na água com bastante sal (de preferência sal grosso ou água do mar), por cerca de 24 horas. Em seguida, lave com água corrente e energizar. Para os seus cristais montados em pendentes que se ressentem ao sal e à água, o melhor é colocá-los sobre um aglomerado de quartzo já limpo e energizado. Como outra coisa qualquer, cristais e pedras gostam de ser tratados de maneira respeitosa e amorosa. Eels gostam de estar com um aspecto claro, que lhes Permita refletir sua luz e irradiar sua beleza. Bolsinhas de cetim, seda, veludo ou algodão, de cores escuras, Constituem excelentes estojos para o transporte das pedras, protegidas para que não se lasquem, nem Sejam influenciadas por outras energias que não as suas.

Quando chegar de um velório?



Depois que você for a um velório, cemitério, hospital ou até mesmo igreja, centro espírita deverá tomar os seguintes banhos abaixo descrito.

Banho para afastar egúns

Material:

Danda da costa – quantidade sete raiz
Um litro de água mineral
Uma pitada de sal fino e uma de açúcar
Uma moeda prateada
A ponta de um dente de alho roxo

Modo de fazer: Coloque todos os ingredientes dentro de uma panela e deixe ferver por 10, 15 ou 20 minutos depende do queimador do seu fogão, quanto mais alto menos tempo de cozimento. Depois de morno coar e elevar para o banheiro, depois do banho higiênico vai despejando da cabeça aos pés e faça todos seus pedidos.

Banho de abre caminhos e equilíbrio espiritual
Material: Duas colheres de sopa bem cheia de manjericão, alfavaca, levante ou alevante, alecrim do campo, catinga de mulata, três moedas dourada, uma pitada de sal fino e açúcar comum.

Modo de fazer: Coloque todos os ingredientes dentro de uma panela e deixe ferver por 10, 15 ou 20 minutos depende do queimador do seu fogão, quanto mais alto menos tempo de cozimento. Depois de morno coar e elevar para o banheiro, depois do banho higiênico vai despejando da cabeça aos pés e faça todos seus pedidos.


Banho atrativo especial

Material

Anis estrelado – quantidade quatro unidades
14 cravos da índia
04 paus de canela
Erva doce - quantidade uma colher de sobremesa bem cheia
Camomila - quantidade uma colher de sobremesa bem cheia
Uma colher de sopa de açúcar cristal ou mascavo
Um litro de água mineral

Modo de fazer: Coloque todos os ingredientes dentro de uma panela e deixe ferver por 10, 15 ou 20 minutos depende do queimador do seu fogão, quanto mais alto menos tempo de cozimento. Depois de morno coar e elevar para o banheiro, depois do banho higiênico vai despejando da cabeça aos pés e faça todos seus pedidos.

Porque Raspar a Cabeça Fazer Obrigação Venha Tirar Sua Duvida .

Feitura
Feitura
Os filhos-de-santo são os sacerdotes dos orixás, da mesma forma como, na Igreja Católica, os padres são os representantes de Deus. Nem todos, porém, são preparados para "receber" os santos. Existem os que cuidam dos filhos-de-santo quando os orixás "baixam", os que sacrificam os animais, os que tocam os atabaques e os que preparam a comida. Os búzios, usados como instrumento de adivinhação, é que vão dizer qual a função de cada um.
A entrada para essa hierarquia é a indicação do orixá. É o que se chama "bolar no santo". A partir daí, o abian (noviço) tem de se submeter aos rituais de iniciação - cerimônias do bori, orô e saídas deIyawô.
Um recém-iniciado passa de um a seis meses vivendo dentro de severas restrições. É o tempo deKelê (quelê) - o período em que o abian usa um colar de contas justo ao pescoço. Enquanto usar o quelê, ele deve vestir branco, comer com as mãos e sentar-se só no chão. Estão proibidas as relações sexuais e os pratos que não sejam os de seu orixá.
Nem todos os terreiros seguem à risca todas as imposições. Mas pelo menos algumas têm de ser obedecidas: é parte do compromisso do abian com seu orixá e seu pai ou mãe-de-santo. As obrigações não terminam por aí: o iniciado, que agora se chama Iyawô, terá de cumprir ainda três rituais - depois de um ano, três anos e sete anos - , com sacrifícios, toques e oferendas. Só depois ele pode se candidatar a ebômi, o grau seguinte da hierarquia.
Obi
Obi
Obi, obi d’água ou simplesmente obi. Todos estes nomes referem-se à mesma obrigação, voltada exclusivamente a confortar uma pessoa em um caso de doença, desemprego, distúrbios nervosos, ou até mesmo para um iniciado dentro dos preceitos do axé orixá, quando por um motivo ou outro, o mesmo não pode passar por um bori. Esta obrigação tem seu nome em referência a uma fruta africana, o obi, sem a qual nada podemos realizar para os orixás, no tangente a sacrifícios, uma vez que é com ela que conversamos com nossos antepassados para sabermos se aquele santo está satisfeito com a obrigação, etc.
Esta obrigação é a mais simples realizada dentro do axé, no tangente a dar de comer a uma cabeça. Muito embora algumas pessoas achem que ela não tem maiores fundamentos junto com o orixá, mas já presenciamos muitos casos que foram resolvidos com esta. Trata-se neste ato, de confortar o anjo da guarda da pessoa, seja consulente ou filho de santo, ocasião onde alimentamos Òşàlà, no intuito de pedir a misericórdia para aquele filho que se encontra em tal sofrimento.
Claro que esta obrigação não cria uma obrigatoriedade do cliente com o santo, ela apenas serve como um modo de resolver de imediato uma questão. Existem aqueles que após o obi, sentem-se tão felizes que optam por penetrar de forma mais profunda dentro de nossa religião.
Nesta obrigação são utilizados: ebô (canjica de Òşàlà), ebô yá (a mesma canjica, porém preparada para Yemanjá e de forma diferente), o obi (que é uma fruta de origem africana), frutas variadas, vela e uma quartinha com água além da comida do santo da pessoa. Em alguns casos é utilizado um pombo branco.
Antigamente quando uma pessoa desejava entrar para os preceitos de uma casa, ou seja, ser filho ou filha de santo naquele templo, ou mesmo quando seu orixá exigia feitura, os zeladores tinham por hábito realizar esta como uma primeira obrigação, para daí então estudar a pessoa, ver se ela realmente tinha amor e dedicação para com os orixás, e até mesmo para se certificarem de que era realmente sua casa e sua mão que aquele santo desejava, e não apenas uma empolgação material ou espiritual. Agiam assim, pois que, nesta época não existia o fato de uma pessoa fazer santo com um e tomar obrigações com outro, provocando um rodízio ridículo nas roças de santo como as que se vê hoje em dia.
Para uma pessoa se iniciar, existia todo um processo de identificação dele com a casa e vice-versa. Era uma época em que a fidelidade de um iniciado era realmente levada a sério, assim como a do sacerdote com relação a seus iniciados. E o obi, era justamente a obrigação que funcionava como uma espécie de flerte, vulgarmente comparando, evitando constrangimentos futuros.
Hoje em dia, parece que esta fidelidade simplesmente evaporou-se com a fumaça dos defumadores, pois que uma pessoa se inicia em uma casa e quando desencarna, traz uma longa passagem de terreiro em terreiro. Claro que ainda existem aqueles que prezam a fidelidade, mas são bem poucos nos tempos atuais.
Ser um iniciado é antes de tudo sermos fiéis a mão que alimenta nosso orixá, nosso anjo da guarda, assim como ele é fiel a nosso zelador. Pertencermos ao axé orixá é antes de tudo sermos humildes, desprovidos de arrogância e soberba, é seguirmos nosso destino na certeza de que um ser tão puro e iluminado se dedica a zelar por nós e nossa vida.
Bolar o Santo
É o mesmo que cair no santo. Este é o sinal que indica a necessidade de iniciação de uma pessoa no candomblé. Acontece sem previsão, normalmente numa festa: durante a dança e os cânticos, o Orixá se "manifesta" no futuro filho-de-santo, que é agitado por tremores e sobressaltos violentos. Quem já "bolou" conta que sentiu arrepios, calor, fraqueza e sensação de desmaio. Quando acorda no roncó (o quarto do terreiro reservado à pessoa que "bolou"), o abian não consegue se lembrar de nada do que aconteceu.
Bọrí
Bọrí - bọ = (adorar, idolatrar) + orí = (cabeça) que literalmente traduzido significa Oferenda à Cabeça. Do ponto de vista da interpretação do ritual, pode – se afirmar que o bori é uma iniciação à religião, na realidade, a grande iniciação, sem a qual nenhum noviço pode passar pelos rituais de raspagem, ou seja, pela iniciação ao sacerdócio. Sendo assim, quem deu bori é (Iésè órìsà).
Cada pessoa, antes de nascer escolhe o seu ori, o seu princípio individual, a sua cabeça. Ele revela que cada ser humano é único, tendo escolhido suas próprias potencialidades. Odu é o caminho pelo qual se chega à plena realização de orí, portanto não se pode cobiçar as conquistas do outro. Cada um, como ensina Ọrúnmilà – Ifá, deve ser grande em seu próprio caminho, pois, embora se escolha o ori antes de nascer na Terra, os caminhos vão sendo traçados ao longo da vida.
Exu, por exemplo, nos mostra a encruzilhada, ou seja, revela que temos vários caminhos a escolher. Ponderar e escolher a trajetória mais adequada é tarefa que cabe a cada ori, por isso o equilíbrio e a clareza são fundamentais na hora da decisão e é por meio do bori que tudo é adquirido.
Os mais antigos souberam que Ajalá é o orixá funfun responsável pela criação de ori. Dessa forma, ensinaram – nos que Òşàlà sempre deve ser evocado na cerimônia de bori. Yemanja é a mãe da individualidade e por essa razão está diretamente relacionada a orí, sendo imprescindível a sua participação no ritual.
A própria cabeça é síntese de caminhos entrecruzados. A individualidade e a iniciação (que são únicas e acabem, muitas vezes, se configurando como sinônimos) começam no ori, que ao mesmo tempo apota para as quatro direções.
  • iwájú orí – A TESTA
  • ICOCO ORI – A NUCA
  • apá ọ̀tún – O LADO DIREITO
  • apá òsì – O LADO ESQUERDO
Da mesma forma, a Terra também é dividida em quatro pontos: norte, sul, leste e oeste; o centro é a referencia, logo toda pessoa deve se colocar como o centro do mundo, tendo à sua volta os pontos cardeais: os caminhos a escolher e seguir. A cabeça é uma síntese do mundo, com todas as possibilidades e contradições.
Na África, Orí é considerado um deus, alias, o primeiro que deve ser cultuado, mas é também, junto com o sopro da vida (emi) e o organismo (ese), um conceito fundamental para compreender os ritos relacionados a vida, como Aşèşè (asesé). Nota – se a importância desses elementos, sobretudo o ori, pelos oriquis com que são evocados:
O bori prepara a cabeça para que o orixá possa manifestar – se plenamente. Há um provérbio nagô que diz: Orí buru kó si Òrìşà. É o bori que torna a cabeça ruim não tem orixá. É o bori que torna a cabeça boa. Entre as oferendas que são feitas ao ori algumas merecem menção especial. É o caso da galinha – d’angola, chamada nos candomblés de etum ou konkém, que é o maior símbolo de individuação e representa a própria iniciação. A etun é adoxu (adosú), ou seja, é feita nos mistérios do orixá. Ela já nasce com exu, por isso relaciona – se com começo e fim, com a vida e a morte, por isso está no bori e no Aşèşè.
O peixe representa as potencialidades, pois a imensidão do oceano é a sua casa e a liberdade o seu próprio caminho. As comidas brancas, principalmente os grãos, evocam fertilidade e fartura. Flores, que aguardam a germinação, e frutas, os produtos da flor germinação, simbolizam fartura e riqueza.
O pombo branco é o maior símbolo do poder criador, portanto não pode faltar. A noz cola, isto é, o obi é sempre o primeiro alimento oferecido a ori; é a boa semente que se planta e espera – se que dê bons frutos.
Todos os elementos que constituem a oferenda à cabeça exprimem desejos comuns a todas as pessoas: paz, tranqüilidade, saúde, prosperidade, riqueza, boa sorte, amor, longevidade, mas cabe ao ori de cada um eleger prioridades e, uma vez cultuado como se deve, proporciona-las aos seus filhos.
Orô
Chega finalmente o dia do orô, a cerimônia de assentamento do orixá, na qual o abiã terá sua cabeça depilada e serão sacrificados os animais correspondentes ao orixá que está sendo assentado. Geralmente os orixás recebem como sacrifício um animal "de quatro patas" (de acordo com suas preferências características: para Ògún, por exemplo, sacrifica-se um bode escuro; para Oxum, uma cabra amarelada). Para cada pata do animal, deve-se sacrificar uma galinha. Outras aves, como galinhas d'angola, pombos e patos, também podem ser sacrificados. Além da cabeça, os assentamentos que foram preparados recebem também parte dos sacrifícios dos animais, pondo o corpo do iniciado em relação com os símbolos do deus, unindo as várias formas de um mesmo conteúdo: o orixá.
Sendo a cabeça considerada o ponto privilegiado da manifestação divina, é nela que se farão os cortes rituais (aberês) propiciatórios à incorporação, bem como as pinturas feitas com as tintas sagradas obtidas a partir da diluição de pós como o waji, o ossum e o efum (azul, vermelho e branco respectivamente). Também o Kelê (colar de contas usado rente ao pescoço, sublinhando a importância da cabeça que foi sacralizada) é amarrado nesse momento e assim deverá permanecer por um período de três meses, durante os quais um conjunto preciso de interdições deverá ser observado pelo
Saidas de Iyawô
A festa de Saída de Iyawô é sempre muito concorrida e tida como uma das festas de maior axé, pois um orixá está nascendo.
Iyawô normalmente costuma fazer quatro aparições em público no dia da festa, conhecidas como "saída de Òşàlà" ou "de branco", saída "de nação" ou "estampada", saída "do ekodidé" ou "do nome" e saída do rum ou "rica". Na primeira "saída" o Iyawô (em transe) entra sob o alá (pano branco), totalmente vestido de branco, reverenciando Òşàlà. Cumprimenta a porta, o ariaxé‚ (ponto central do barracão), os atabaques, o pai-de-santo e, eventualmente, a mãe-pequena, com dobale e paó (cumprimentos rituais), sempre sobre a esteira. Dá uma volta dançando de modo contido pelo barracão e se retira. Prossegue o xirê.
Na segunda saída o Iyawô entra vestido e pintado com as cores da "nação". Há quem diga, no entanto, que esta saída especifica a "qualidade" (avatar) do orixá que está saindo. Ele segue novamente a ordem dos cumprimentos, agora somente com seu jicá (saudação que os orixás fazem com o corpo), uma vez que seu ilá (grito com que o orixá se anuncia) só será conhecido após a "queda" do Kelê.
A terceira saída, muito esperada, é a saída do orukó (nome), também chamada "saída do ekodidé" (pena vermelha de papagaio, relacionada com a fala), momento em que o orixá revelará publicamente seu nome secreto, que é parte de si mesmo. É um momento de grande emoção, acompanhado de um certo suspense, estimulado pelos outros filhos de santo, que geralmente "viram" (entram em transe) ao ouvir o nome. Dito o orukó, os atabaques imediatamente começam o adarrum (ritmo muito acelerado) e o orixá é levado para vestir suas roupas de rum (dança), ou seja, suas vestes típicas e suas "ferramentas" para voltar e dançar, pela primeira vez, em público.
Esta é a quarta saída: a saída do rum ou "rica", quando o orixá entra, saúda os pontos principais com seu jicá e dança suas cantigas. Geralmente, nessa saída, o orixá dança apenas as músicas que lhe são atribuídas e nenhuma outra, mas há casos em que o novo orixá dança também para o orixá do pai-de-santo. Não convém, entretanto, fazer dançar demais o orixá muito novo. Findo o rum, toca-se para retirar o Iyawô em transe da sala ("cantar para subir", dizem os alabês) e o xirê prossegue até as cantigas para Òşàlà, encerrando o toque.
Toca-se então para a entrada do ajeum, que pode conter as mais diversas comidas e bebidas, de acordo com o orixá feito e com as posses do iniciado.
Glossário
Orúkọ
Orúkọ - (Português - [Òrunkó, Orukó) - lit. eco do céu - é o nome que todos os orixás obrigatoriamente tem que ecoar no dia especial, chamado nome do santo (Feitura de santo) em público, na presença de todos os irmãos, filhos e adeptos. Momento mais esperado da iniciação ketu, ritual de tensão muito grande e a expectativa dos sacerdotes que contribuíram nesta sagrada iniciação, podendo ser afirmada ou negada pelo noviço de que tudo foi bem feito ou não, em caso positivo, ouve-se um grito triunfal do seuÒrunkó, todos os Iyawô "eleguns" que não tem obrigação de sete anos ODÙ EJEentram em transe. Também é o nome que todos os iniciados recebem depois da sua iniciação e chamado por todos da comunidade. Na nação Angola Dijína tem o mesmo sentido que a palavra Òrunkó.
Dijina
Dijína, palavra de origem Kimbundo Rijina, dialeto Bantu que significa "nome" - Nos candomblés de origem Bantu, o nome do Nkisi da pessoa deve ser secreto, se diz em público mas raramente alguém consegue ouvir, sòmente o pai ou mãe de santo deve conhecer, e a(o) madrinha/padrinho da pessoa, que é escolhida pelos mesmos. Os iniciados após a feitura recebem uma dijina (apelido) que a partir de então é conhecida por todos no dia do nome, sendo conhecido e chamado sòmente por este nome dentro do culto religioso. Quem sabe o nome do Nkisi tem uma ampla influência sobre a pessoa, por isso é tão secreto, pois só é passado para pessoas confiáveis. Através do nome do Nkisi, pode-se fazer tanto o bem quanto coisas que prejudicam.
Kelê
Kelê, kele ou quelê é um fetiche ou seja: Objeto inanimado feito pelo homem ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta culto. Confeccionado com miçangas fio de contas, intercalado com firmas de porcelana, pedras tipo ágata e cristal, terra cota, búzios, lagdba, até mesmo sementes. Sua cor varia de acordo com o orixá de cada iniciado na feitura de santo. O Kelê é uma aliança que tem a finalidade de unir o sagrado com o iniciado, num simbolismo de casamento perfeito com o seu orixá, usando restritamente no pescoço, na iniciação, obrigação de três, sete, quatorze e vinte e um anos de feitura. Depois de um período que pode variar de 12, 14, 16, 21 e até mesmo três meses da obrigação ritualistica, a "jóia" do orixá como também é chamada, é determinado pelo orixa, através do Mẹ̀rìndínlógún a ser colocada no assentamento sagrado Igba orixa, podendo permanecer até a ultima obrigação do iniciado chamada de Aşèşè, quando este objeto tão sagrado e místico é desfeito
Elẹ̀gún
Elẹ̀gún (Português Elegun) - é a palavra que exprime o conceito dos iniciados nas religiões tradicionais africanas e de matriz africana ou de afro-descendentes, inerente ao culto do Orixá. É aquele que passou pela iniciação, Feitura de santo ou iniciação ketu, sujeita ao transe de possessão. Os chamados não rodantes não são considerados Elegun. Todo elegun é um olóòrìsà (aquele que possui um orixá), que habita no seu interior e pode ser expressado em qualquer hora e lugar. No Brasil a palavra que define um iniciado é adósùu (aquele que levou o osù "oxu"), comumente chamado de Iyawô, todavia é muito claro e notório no terreiro de candomblé que todo Iyawô é um Adoṣu, mas nem todo Adoṣu é um Iyawô.
Adoṣu
Cone localizado no topo da cabeça do Ìyàwó resultado de uma massa feita de ervas, pós e sangue, sendo um distintivo do estado do iniciado.
Adoṣu relembra o cone original da geração da energia vital - àṣẹ - servindo, segundo a tradição oral, para facilitar a entrado do santo na cabeça do Ìyàwó.
Adoṣu poderá ser complementado com uma pena de galinha-d'angola. Refletir sobre a relação mimética da galinha-d'angola com a caracterização do Ìyàwó - pintura corporal e o próprio Adoṣu. Sem dúvida, é mímese da zooantropormofização do rito de passagem da iniciação, pois o Ìyàwó é a galinha-d'angola.
Embora a designação Adoṣu refira-se àquele que recebeu o oṣu, ampliou-se o termo para orgulho da iniciação. O uso do Adoṣu propiciará a fala, o nome do noviço em ritual público conhecido por orúkọ nos Candomblés Yorubá-Nagô.
Aşèşè
Aşèşè (Português - Axexê) - cerimônia realizada após o ritual fúnebre (enterro) de uma pessoa iniciada no candomblé.Tudo começa com a morte do iniciado, chamado de ultima obrigação, este ritual é especial, particular e complexo, pois possibilita a desfazer o que tinha sido feito na feitura de santo, é bem semelhante com o processo iniciático chamado de sacralização, só que agora este procedimento é uma inversão chamada de dessacralização, no sentido de liberação do Orixá protetor do corpo da pessoa.
Com uma navalha o Babalorixá ou yalorixá raspa o topo do crânio do falecido e retira o Oxu, juntamente com todos os pós colocado na sua iniciação, em seguida quebra-se um ovo, oferece um obi Obi ritual, pintando-o com efun, wáji, e ossun, coloca-se um novo oxu, um pombo é sacrificado, o sangue que escorre é recolhido num pedaço de algodão, parte dos objetos é enrolado no pano branco e colocado na sepultura, e outra é levado para dar inicio ao ritual do Aşèşè propriamente dito.
Junta-se todos seus pertences pessoais utilizados em sacrifícios e obrigações, como roupas, colares, nem sempre os assentamentos dos orixas são desfeitos, se faz uma consulta oracular (jogo de búzio) "Mẹ̀rìndínlógún" para se saber do destino dos objetos separados, se ficam com alguém. Em caso positivo, o objeto ou objetos em questão é lavado com água sagrada e entregue aos herdeiros revelado(s) no oráculo, e em caso negativo, o objeto é separado para junto com os demais e, após serem os colares rompidos juntamente com o kelê, as roupas rasgadas e os assentamentos quebrados, são colocados em uma trouxa que será entregue em um local também indicado pelo oráculo. Normalmente, a trouxa, chamada de Carrego de Egum, é acompanhada de um animal sacrificado, indo de uma única ave a um quadrúpede acompanhado de várias aves, dependendo do grau iniciático do morto. E ainda, se o falecido era um iniciado de pouco tempo, basta um lençol branco para embalar o carrego, se tratar de alguém mais graduado, o carrego é colocado em um grande balaio, o qual é depois embalado no lençol.
O processo de preparação e entrega, ou despacho do Carrego de Egum é a cerimônia fúnebre mínima que se dedica a qualquer iniciado no candomblé quando morre. As variações surgem, como foi já colocado, dependendo do grau iniciático ao qual pertencia o morto mas também da Nação em que fora iniciado.
Se o morto era uma pessoa graduada na religião é que mereceria um Aşèşè. OAşèşè nesses casos antecede ao Carrego de Egum e consiste em uma, três ou seis noites de cânticos e danças na qual se celebra a partida do iniciado para o outro mundo, rememorando o nome de outros iniciados já falecidos e, enfim, os eguns em geral.
Canta-se também a certa altura para os orixás, menos para Xangô, para os quais se canta no depois da entrega do carrego no ritual do arremate. Todos os participantes devem vestir branco, a cor do nascimento e da morte no candomblé, as mulheres devem estar com a cabeça e o pescoço cobertos e os homens com os pulsos envolto na palha da costa.
Obedecem-se vários preceitos rígidos de comportamento dentro do terreiro durante todo o processo, para evitar melindrar o espírito que está sendo respitosamente despedido.
Depois do carrego despachado, canta-se o arremate no dia seguinte à tarde, antes do pôr-do-sol, as mesmas cantigas do Aşèşè são ainda entoadas e no final são louvados os orixás, e empreende-se uma limpeza ritual do terreiro, com a participação eventual dos orixás que porventura tenha se manifestado em seus elegun.
Ao longo do Aşèşè mesmo somente orixás mais ligados à morte como Oyá-Iansã, Obaluaiyê, Nanã e Ogum, etc. costumam se manifestar. No caso em que o morto era um pai ou mãe de santo cujo terreiro permanecerá ainda aberto, deverá ficar fechado ao público durante um ano ou mais conforme deteminação do jogo, mas as cerimônias internas continuam, costuma-se repetir o ritual de um, três, seis meses, e um, três, sete anos depois do Aşèşè inicial.
Aşèşè também é conhecido pelos nomes de sirrum e zerim, nomes em Língua Fon significando os instrumentos que são percutidos em substituição aos atabaques.
O sirrum é uma metade de cabaça emborcada em um alguidá onde se encontra uma mescla de substâncias líquidas abô e o zerim é um pote com certas substâncias dentro que é percutido com um abano (leque de palha) dobrado em dois.
Quando se trata de uma pessoa especialmene antiga e poderosa na religião, o Aşèşèé tocado com atabaques mesmo, com os couros ligeiramente afrouxados para serem depois também despachados no carrego. Em alguns terreiros da Nação Ketu também se usa tocar Aşèşè com três cabaças: duas inteiras e uma com a ponta cortada.
Referências

  • FONTE: REVISTA ORIXÁS
  • Dicionário de arte sacra & técnicas afro-brasileiras - Raul Giovanni da Motta Lody